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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

V - DESSALINIZAÇÃO NUCLEAR

Alguns reactores nucleares de pequena a média dimensão são apropriados para dessalinização especialmente em co-geração com electricidade. As gamas energéticas identificadas para uma maior eficiência para a dessalinização nuclear são 80-100 mil e produzem 200-500 mil metros cúbicos dia, respectivamente. Vários reactores nucleares têm sido usados para dessalinizar água como, por exemplo, o BN-350 em Aktau, Kazaquistão, que produzia 135MWe de electricidade e 80 mil metros cúbicos de água por dia nos últimos 30 anos (o reactor foi encerrado em 1999 pois chegou ao fim de vida). Cerca de 60% da potência do reactor era usada para produzir calor para a dessalinização. A disseminação de centrais comerciais deste tipo em larga escala para dessalinização depende muito da viabilidade económica. A estratégia óbvia passa por usar os reactores na sua capacidade máxima para fornecer energia eléctrica à rede durante os picos de consumo e accionar as bombas de dessalinização durante os períodos de menor consumo.

Uma central nuclear trabalhando em co-geração (electricidade e água doce) seria possível produzir quase 380 mil m3 de água diariamente com um decréscimo no rendimento do reactor de apenas 4.4%, contudo o processo de osmose inversa apresenta-se como economicamente mais apelativo.

IV - DESSALINIZAÇÃO POR OSMOSE REVERSA



A osmose natural ocorre quando duas soluções salinas de concentrações diferentes encontram-se separadas por uma membrana semipermeável. Neste caso, a água (solvente) da solução menos concentrada, de maior potencial hídrico, tenderá a passar para o lado da solução de maior salinidade devido à pressão osmótica. Com isto, esta solução mais concentrada, ao receber mais solvente dilui-se até que as duas soluções atinjam concentrações iguais.

A osmose reversa ocorre quando aplica-se uma pressão no lado da solução mais salina ou concentrada, revertendo-se a tendência natural. Neste caso, a água da solução salina passa para o lado da água pura, ficando retidos os iões dos sais nela dissolvidos.

Como utiliza um processo de separação por membranas, a quantidade de energia necessária para extrair os sais é muito menor, que a exigida pelo processo de destilação, por exemplo. Além disto, permite também, eliminar bactérias, vírus, fungos e outros agentes causadores de doenças, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das populações.

Este processo também pode ser aplicado quando o nível de salinização dos lençóis de água é elevado. Assim sendo a água é salobra não chegando aos níveis adequados de potabilidade tendo de a dessalinizar.

Nos Estados Unidos, está a ser desenvolvida uma membrana feita com nanotubos de carbono e silício que poderá ser uma forma mais barata e eficiente de dessalinizar água do mar. Os poros da nova membrana são formados por biliões de minúsculos tubos ocos de carbono, cujas paredes têm apenas um átomo de espessura, tão finos que cada um deles permite a passagem de apenas seis moléculas de água, retendo todas as outras partículas, inclusive o sal contido na água.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DESSALINIZAÇÃO

III - ELECTRÓLISE

A electrodiálise utiliza de membranas associadas à corrente eléctrica de modo a separar elementos específicos.

Nesta técnica são colocados verticalmente e de forma alternada no interior de uma célula eléctrica uma série de membranas permeáveis somente a pequenos catiões ou a pequenos aniões inorgânicos. Aplica-se uma corrente eléctrica directamente através da água, de modo que os catiões migram para o pólo positivo (cátodo) e os aniões para o pólo negativo (ânodo). O líquido torna-se, em zonas alternadas, mais concentradas (enriquecido) ou menos concentrado (purificado) em íons. Finalmente, a água concentrada em iões pode ser descartada e a água purificada pode ser liberada para o meio ambiente.

Quando comparada à destilação convencional, a electrodiálise é mais abrangente, uma vez que o primeiro método tem limitação com relação a alguns compostos, por exemplo, orgânicos voláteis, cuja temperatura de ebulição é menor do que a da água.





IV - DESTILAÇÃO SOLAR

O destilador solar é um equipamento que opera com a radiação difusa (luz solar recebida indirectamente, resultante da acção da difracção nas nuvens, nevoeiro, poeiras em suspensão e outros obstáculos) em dias de nenhuma ou pouca nebulosidade de modo a ser mais rentável.
A destilação solar é uma das aplicações da energia solar indicadas para regiões onde a água potável é de difícil obtenção, onde os poços perfurados são via de regra constituídos de água salobra.
Actualmente a destilação solar por meio de sistemas de absorção desta radiação está a ser substituída por sistemas denominados de Osmose Reversa.

DESSALINIZAÇÃO



Estudos actuais estimam que 1/5 da população mundial não tem acesso a fontes de água potável seguras. Estes números tenderam a crescer com o aumento da população relativamente aos recursos disponíveis. A água doce é uma das prioridades para um crescimento sustentável, e quando esta não pode ser obtida de aquíferos, ou cursos de água, os governantes investem nos processos de dessalinização da água dos mares, bem como em pesquisas nesta área, visto que 95,5% da água de todo planeta encontra-se nos mares e oceanos.


I - DESTILAÇÃO CONVENCIONAL

As primeiras tentativas de dessalinização da água do mar, que ocorreram na década de 20, baseavam-se num processo bem simples: a destilação. Através deste procedimento o líquido salgado, retirado do mar, era aquecido em enormes colunas de destilação até que ocorresse a evaporação, separando assim o sal. O vapor, por sua vez, era armazenado no topo do recipiente e depois arrefecido, transformando-se finalmente em água potável. Entre as vantagens desse processo, tem-se a eliminação do risco de contaminação da água por micróbios e bactérias. Sendo que o maior problema era o gasto de energia utilizado para aquecer as caldeiras.


II - DESSALINIZAÇÃO POR DESTILAÇÃO ARTIFICIAL

O processo de dessalinização por destilação, utiliza o princípio da evaporação em grande escala. Por este processo, aquece-se a água até que esta se transforme em vapor, para depois fazê-la voltar ao estado líquido e obter a água doce no condensador. Na fase de passar a água do estado líquido para vapor é utilizado combustível fóssil ou energia eléctrica, em grande escala, eis o motivo pelo qual torna este processo muito caro.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Águas de Portugal

Águas de Portugal (AdP) é um dos maiores grupos empresariais do sector do ambiente em Portugal e tem por missão contribuir para a resolução de problemas nacionais nos domínios de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de tratamento e valorização de resíduos, num quadro de sustentabilidade económica, financeira, técnica, social e ambiental.
O grupo AdP participa num conjunto de empresas que, em parceria com os municípios, prestam serviços a cerca de 80 % da população portuguesa.


Para mais informações: http://www.adp.pt/

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Aquedutos

Aqueduto é um canal ou galeria, subterrâneo ou à superfície, e construído com a finalidade de conduzir a água.Os aquedutos surgiram para aumentar os canais de comunicação e abastecimento de água para as grandes metrópoles e são normalmente edificados sobre arcadas ou sob plataformas de vias de comunicação.
Nos aquedutos mais antigos o escoamento era geralmente com superfície livre, apresentando sempre uma inclinação mínima para que a água pudesse correr, e eram edificados em alvenaria. O atravessamento de vales importantes era feito sobre estruturas em arcaria.
Nos aquedutos modernos o escoamento é sob pressão, contando com tubos metálicos ou em betão e bombas motorizadas para elevar a coluna de água. Os aquedutos modernos são geralmente subterrâneos.
Na antiguidade, quase todas as civilizações construíram aquedutos, como por exemplo a China, a Caldeia, a Assíria, a Fenícia, a Grécia e Roma.